Surpreenda-se!

Aquilo que entendemos como ficção científica é um conjunto de narrativas que têm, em comum, um forte apelo instrucional baseado na operação de possibilidades permitidas pela intelectualidade oriunda, quase sempre, do método científico.

A definição que melhor pode nos atende enquanto editora é trazida pelo inestimável Isaac Asimov. Em suas palavras: “Ficção Científica é um ramo da literatura que lida com respostas humanas a mudanças nos níveis na ciência e da tecnologia”.

Ficção é uma mentira, um faz-de-conta, e somos excelentes em partilhar ficções justamente porque a isso deveu-se nossa evolução. Pode parecer absurdo, mas só conseguimos avançar enquanto civilização a partir de ficções explicativas que servem como colunas e lustres para nos permitir pensar sobre as grandes questões que, desde sempre, nos afligem: vida, morte, família, vingança, prazer, dor, guerra, nascimento e destino. Os antigos gregos tinham um nome para esse tipo de criação: πλασματικ (Plasmatik)

Plasmar. Vamos plasmar. A partir do que é plasmado, podemos pensar de modo liberto e purificado nas coisas. Catarsis. É tudo mentira.

Ciência é um conjunto momentâneo de verdades, um acervo de tentativas de medição da realidade que nos cerca, nos amedronta e nos permite, por enigmas, a busca por respostas. Pode parecer óbvio, mas só conseguimos evoluir enquanto humanidade a partir de experimentos indagativos que servem como lupa e luneta para nos permitir mirar sobre o aquém e o além de nós mesmos: quem precisamos ser, onde devemos estar e para onde devemos ir? Os antigos latinos tinham um nome para esse tipo de abordagem: scire (Conhecer)

Conhecer. Conhecimento. A partir do que é conhecido, podemos erguer a cabeça para os céus, com os pés firmes no chão, almejando sabedoria. Sapere. Sabor. É tudo real.

(e ainda bem!)

Biblioteca

Nossas produções literárias:

Idiossincrasia: Trezena

Idiossincrasia: Trezena

Como nos demais livros da série, as narrativas partem de uma relação metalinguistica com o Prólogo, para construir uma sequência de paisagens que se abrem como em uma ampla janela emoldurada de conexões, aguardando para ser aberta e invadida pela imaginação visual dos leitores. Se verdades ou mentiras, como antecipado pelos especialistas do primeiro fragmento, cabe ao leitor decidir, pois tudo que há já existe. Resta-nos saber quando...

Idiossincrasia: Duodecimado

Idiossincrasia: Duodecimado

Como nos demais livros da série, as narrativas partem de uma relação metalinguistica com o Prólogo, no qual uma investigação emergencial tem início, e o leitor, deve portar-se como testemunha de um esforço contra a dúvida. Há o dispositivo final, afinal? Ou seria a leitura apenas um teste de um teste? Resta-nos saber como...

Idiossincrasia: Hendecagonia

Idiossincrasia: Hendecagonia

Como nos demais livros da série, as narrativas partem de uma relação metalinguistica com o Prólogo, no qual uma situação imponderável tem início e, o leitor, deve buscar parâmetros para deduzir respostas ao mistério. O que aconteceu durante o breve encontro? Seria a fuga um padrão inexorável? Resta-nos saber onde...


T: Um romance sobre a tecnologia

T: Um romance sobre a tecnologia

Primeira obra do gênero romance publicada pela editora neolabore, é uma alegoria sobre a tecnologia e as relações de causa e efeito entre os usos e impactos sociais e ambientais por sua proliferação. Na narrativa, passada dois milênios no futuro, diferentes grupos sociais disputam a hegemonia de reservas em uma filosofia de consumo sem o qual a extinção lhes é a única certeza. No entanto, reflexões realizadas, não agem por si, mas em respeito a algo maior e por vezes desconhecido, movidos por devoções lógicas ou patéticas e cientes de sua trajetória em ambientes profundamente hostís, seja na superfície do planeta, seja além...

Azazulay: um romance sobre a informação

Azazulay: um romance sobre a informação

O segundo livro do gênero romance publicado pela editora neolabore, é uma acelerada metaficção sobre os impactos da tecnologia digital, nos próximos capítulos da saga que se tornou nossa sociedade de espetáculos informáticos. No texto, que se desenvolve por intervalos de décadas, século e milênios, acompanhamos as trajetórias particulares e coletivas de personagens envolvidos com o fenômeno Azazulay, uma forma extraordinária de inteligência artificial para a qual tudo retorna...

Beligel: um romance sobre o poder

Beligel: um romance sobre o poder

No terceiro livro do gênero a ser publicado pela editora neolabore em 2024, discute-se o conceito de poder enquanto forma, relação, processo e finalidade. Beligel, em sua saga de invasão de uma civilização cerrada em seus próprios mistérios e promessas de amortalidade, atravessa em violência uma sequência ininterrupta de paisagens verídicas e simbólicas, nas quais o perigo é constante e a finitude do seu corpo é apenas uma etapa, de muitas em sua jornada...